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Resenha: Vida Organizada, por Thaís Godinho

Resenha escrita em 2017

Ser organizado não é algo apenas para quem viver atarefado, mas também para quem sente que nunca sai do lugar e não vai em busca de sonhos ou objetivos (sabe a famosa lista de Ano Novo? pois é!). Porque ser organizado nada mais é que saber quais são as suas prioridades, saber o que é e o que não é importante para você. Ao menos é isso que Thaís Godinho, autora de Vida Organizada, defende, já na introdução do livro. 



Ela acredita que ser organizado é usar o tempo ao nosso favor, de forma que a agente possa viver essa nossa única vida de uma forma mais realizada; de forma que façamos coisas que sejam coerentes com quem somos, coisas que façam a gente feliz.

Para isso, Thaís defende que façamos as coisas com intenção, mas para isso, é preciso simplificar. Porque, como diz, de que adianta ficarmos categorizando pastas e etiquetando papéis, por exemplo, se essas coisas não agregam em nada na nossa vida? 

Somos constantemente bombardeados com novas informações e, neste ciclo, estamos sempre atarefados. Para sobreviver neste cenário, precisamos priorizar certas atividades em detrimento de outras. Não damos conta de tudo (e nem precisamos dar!).

Dessa maneira, saber escolher é fundamental. Também precisamos entender o porquê de fazermos tal escolha. A autora sugere que sempre questionemos as escolhas que fazemos. Ela dá o exemplo pessoal do porquê limpa a própria casa. "Porque quero viver em um ambiente higienizado e harmônico, algo que faz bem para a minha saúde e gera menos estresse", explica. 

Neste processo de questionarmos nossos afazeres, percebemos se eles são ou não importantes para a gente. Se eles forem, ela defende, não o veremos mais como "trabalho" ou "dever", mas, sim, um passo nesta caminhada para sermos felizes e completos.

Depois de apresentar este conceito pessoal de organização, Thaís mostra como podemos começar nossa jornada rumo a uma vida organizada. Algo que ela ressalta bastante, aliás, é que a organização não acontece da noite para o dia. Não existe "uma vez organizado, sempre organizado"; não existe casa sempre linda, rotina sem estresse. Organização é hábito, uma prática diária e precisamos de motivação para fazê-la.

De novo, a motivação nada mais que é a explicação o motivo de você querer tal objetivo/afazer, ou seja, as suas prioridades, seu valores. Para começar, Thaís pede para descrevermos com detalhes como seria nosso "dia a dia dos sonhos" e como é nossa rotina agora. Depois de fazer essa comparação, você deve refletir quais são os motivos dessas diferenças e qual obstáculo está te impedindo de colocar essa nova rotina em prática.

Nesse processo, podemos perceber que uma das dificuldades encontradas é que tentamos dar conta de tudo que podemos e não focamos apenas nas prioridades. A boa notícia é que podemos mudar isso e parar de focar nas coisas desimportantes e, assim, parar de ficar adiando as nossas prioridades. A má notícia é que esse "shift" não é assim tão simples de ser feito.

E aí Thaís entra como uma nova dica: organizar também é buscar soluções. Se você marca um compromisso às 8 horas da nhã, mas nunca consegue levantar antes das 7 horas, isso só causará frustração. Porque embora você tenha boa vontade de tentar acordar mais cedo, é provável que você chegue atrasado.

Por isso, precisamos encarar a nossa realidade: ou dormimos menos (para ~aumentar~ as horas do nosso dia) e viramos um zombie, ou a gente se compromete com menos tarefas – as tarefas importantes. 

Um outro livro que fala bastante sobre esse processo de simplificação com base nas prioridades é O Essencialismo, que recomendo como uma leitura posterior. Tanto Thaís quanto Greg Mckeown, afirmam que para priorizamos as coisas importantes, precisamos dizer não para tudo aquilo que não é. 

Parece fácil, no entanto, fazer essa ""análise de prioridades" e se comprometer ao resultado dela não é descomplicado. O livro de Greg, aliás, é totalmente focado em nos ajudar a encontrar nossas prioridades. Para isso, o autor divide O Essencialismo em três seções:
  • Explorar: ou seja, a primeira fase, de indagação, na qual você explora e tenta descobrir quais são as tarefas importantes
  • Eliminar: a segunda fase, na qual, depois de descobrir quais são os teus valores, você descobre como se livrar do que não é importante
  • Executar: a fase final, na qual você descobre maneiras de transformar as prioridades e organização em um hábito
Exatamente por esse motivo, acredite que a leitura de Thaís e Greg são complementares. Colocar a mão na massa é importante. Descobrir prioridades também, mas é apenas o primeiro passo. Precisamos colocá-las em prática. 

E como fazer isso? Transformando nossas prioridades em objetivos práticos, criando novos hábitos.  Nos capítulos finais, Thaís esmiuça como podemos criar esses objetivos e hábitos. 

No livro, a autora também dá dicas de como podemos destralhar a casa e organizar agenda, por exemplo. 
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