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autocuidado

Uma coisa que não prestamos atenção quando falamos de amor próprio é que falamos de um processo. Um processo que não acaba – e que se acabasse, a linha de chegada não seria a perfeição. Achamos que amor próprio é batalhar para sermos a melhor versão de nós mesmas (eu caí nessa ilusão por muitos ano), mas para mim, pelo menos atualmente, amor próprio é leveza e respeito

De acordo, Louise L. Hay amor próprio é nunca fazermos críticas para nós mesmas pois nós já fazemos o melhor que podemos nas circunstâncias em que estamos. Se soubéssemos mais, poderíamos fazer melhor. Não sabemos, então que respeitemos aonde estamos.

O complicado é conseguir respeitar nosso estado e pensar para além do sufoco quando estamos em uma situação de pânico. E, infelizmente, hoje em dia muitas pessoas lidam com o pânico.

A ansiedade de forma clínica, digamos, apareceu para mim em meados de 2016. De lá para cá, vivemos entre altos e baixos. Neste mês, vivemos um nível muito baixo que, como nas outras vezes, me fez questionar minha sanidade. 

Há duas semanas, em uma quarta-feira, finalizei meu trabalho como de costume às duas da manhã e me deitei. Em um certo momento, notei um apito muito presente nos meu ouvidos e ele não quis ir embora. Parecia ficar mais alto, na verdade, me consumindo aos poucos. Não dormi naquela noite. Nas noites seguintes, o apito voltava para me assombrar à noite. Algumas vezes em uma intensidade menor, outras, maior. A verdade é que desde então tenho medo de ir dormir, medo de não voltar para minha 'normalidade', de não ser passageiro. O medo também aparece durante o dia. Tenho medo de me concentrar demais e ele surgir. Como em outras situações ansiosas, o medo me acompanha no dia a dia.

Meu médico explicou: é, sim, um sintoma da ansiedade. Um efeito físico no meu corpo proporcionado pelo estresse e pela tensão. Senti alívio por ter uma explicação concreta. Taurina, tenho dessas. Mas é a primeira vez que escuto a ansiedade. Quando ela me visitava era sempre pelo coração. Batidas rápidas e intensas. Essas visitas sei que já superei mais de uma vez. Me resta a fé para crer que esta manifestação pelos ouvidos também será superada.

No pânico, é difícil ter fé. Enquanto escuto o apito, ele é real (e sufocante) demais para acreditar que um dia isso irá passar, embora eu implore de joelhos e com lágrimas no olhos para que ele vá.

Voltei com o antidepressivo. Preciso me livrar do pânico para ter clareza, para cuidar de mim. Preciso sair do pânico para ter forças. Lembro que pedi isso ao médico: eu preciso de força, porque sinto que esgotei a minha com o vazio que vivi no ano passado.

Cuidar de mim é um desafio; envolve paciência e movimento. É sair da cama para fazer uma meditação ou dar um corrida porque eu sei que isso traz descanso à mente. E eu preciso sair da mente. É fazer afirmações positivas mesmo que minha realidade não seja esteja nessa vibração.  É me respeitar por tudo que já vivi e é também chorar, chorar de medo. É, no entanto e sobretudo, saber que eu sou maior que todos esses medos que me atacam física e emocionalmente. É lembrar que eu sou o suficiente. 
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