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PART II

Eu estava muito pronta para 2018. 
Em janeiro, eu comprei um planner, lindo e do jeitinho que eu queria. Em 2017, eu passei um tempo à toa, sem compromissos especiais então eu estava animada para planejar o novo ano, as novas metas.

Preenchi algumas semanas de fevereiro, março... Em abril, ele ficou mais vazio e em maio e junho,  o coitado quase não viu uma caneta – nem mesmo para pintar os quadradinhos do meu rastreador de hábitos. Eu acordava, comia, passeava com a Sansa, me arrumava, saía de casa para o freela às 10h, voltava para casa às 20h, dormia. Nada além disso.

Na sexta (22), acabou.

Eu precisei sentar e planejar o futuro, como já fiz algumas vezes esse ano. Não me entenda mal: eu amo planejar, fazer listas, traçar metas. Mas também adoraria marcar um check nelas.

Dessa vez, por outro lado, me sinto menos perdida. Eu até que tô feliz porque acho que eu encontrei verdadeiras ambições. Ao menos, para os próximos anos. Eu quero morar sozinha e estar me sustentando quase que completamente em alguns anos. Talvez você ache isso bobo, já que eu tenho 23 anos e, óbvio, eu deveria querer isso. Mas a verdade é que eu passei muito tempo acomodada e ~de boas~ morando com a minha família. Por enquanto, ainda vejo os (muitos) benefícios disso, mas sei que, com o tempo, a vontade de ser independente ficará maior que eles.

Eu quero ter meu próprio negócio e eu estou pensando em voltar à faculdade para estudar. Também, já aceito melhor a idéia de me contentar com qualquer trabalho que não seja "meu-deus-o-melhor-emprego-da-vida" porque eu sei que ele me ajudará nesse processo de ~ser dona da minha parada~ ou, ao menos, independente.

E em algum lugar nesse rolê, eu quero morar um tempo em outro país. Não sei se parece contraditório e megalomaníaco, mas esses são meu desejos mais sinceros.

Um pouco de luz em meio de muito caos. Eu falo isso porque, pela primeira vez em muitos meses, eu sinto que não estou tão bagunçada.

No decorrer do ano, eu abria esse blog e quando eu lia as matérias que escrevi no ano passado (tipo a de organização e ansiedade), eu só ficava pensando: "mas que merda é essa? isso é tão distante de como estou agora que nem parece que fui eu que escrevi". Maluco.

Não que eu tenha virado uma bagunceira de carteirinha, mas, não sei... não sentia uma ligação sincera com esse papo de prioridades, não sabia dizer quais eram minhas. Agora, eu entendo quando dizem que organização é processo. Porque é descoberta, autoconhecimento.

Acho que tudo isso que vivi e escrevi em 2017, veio de forma efêmera. Isso não quer dizer que eu não tenha um espaço, mais maduro, na minha vida atual para essas ~correntes~ que eu me envolvi.
Ser organizada, optar por menos coisas... Isso faz parte de quem sou. Funciono melhor com elas. Só preciso me ouvir e me respeitar mais, ir me adaptando ao poucos.

Vou descobrir isso com vocês.
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