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RECOMEÇAR

Oi, 2018.

Sei que você já chegou há um tempo. Na verdade, metade de você já foi embora. Eu estive consciente sobre isso, mas meu processo de readaptação não foi rápido mesmo. Aliás, ele ainda está acontecendo. Sou naturalmente um pouco lerda. Tudo que chega rápido demais parece ser temporário, uma fase. Sou "processual".


Oi, vocês.

Eu cheguei da Califórnia há sete meses, completados no dia 20 deste mês. É meio maluco porque eu sinto que nunca me despedi de lá. No dia que eu peguei o avião de volta, parecia que eu estava apenas fazendo uma breve viagem ao Brasil. Quando desembarquei, eu sabia que eu deveria estar aqui, mas minha cabeça ficava imaginando algumas maneiras de voltar (e eu vou voltar, mas, agora, eu preciso estar aqui).

Eu passei meses tentando voltar. Tanto para lá, quanto para São Paulo. Eu peguei um freela, voltei à dentista, mais tarde à psicóloga, visitei minha cidade natal, passei o carnaval no Rio de Janeiro. Eu assistia vídeos de pessoas em Los Angeles, entrava em sites de lojas americanas que não vendem no Brasil, compartilhava lembranças da minha cidade favorita no Instagram (para ser sincera, sete meses depois, ainda faço tudo isso).

Eu tracei metas, fiz ritual de lua nova, mapa dos sonhos, fiz um curso de maquiagem. Voltei à academia, fiz novas escolhas de alimentação, voltei aos velhos hábitos, recomecei. Uma crise de pânico apareceu no meio disso, voltei ao medicamentos. Fitoterápicos. No meu sexto mês, finalmente peguei mais um freela (o primeiro do ano!) e segui uma rotina mais regrada, algo que me estabilizou por um mês e, eu, como amo segurança, gostei da sensação.

Agora, no fim de junho, me vejo recomeçando mais um vez. Fico insegura porque recomeços me lembram fracassos. Mesmo que eles, às vezes, só signifiquem que algo chegou ao fim e que outra coisa deve começar no lugar.

Mas eu consigo entender minha frustração porque eu passei grande parte da minha vida tentando ir atrás de algo. Sempre senti dificuldade de perceber a concretização dos planos porque, na vida real, a concretização acontece de maneira diferente de como idealizamos. Mas preciso lembrar: eu não estou apenas correndo atrás, eu já cheguei na "linha final" algumas vezes. É que quando você chega, você já se prepara para outra maratona.

Pois bem, estou recomeçando.

Ano passado comecei um ciclo de autoconhecimento que parece, muitas vezes, ter sido interrompido: consultoria de estilo, organização, minimalismo... Tudo isso chegou de forma muito intensa e agora já não faz parte da minha vida, definitivamente não nessa intensidade. O autoconhecimento aparece em outros lugares.

Por outro lado, tenho vontade de reaprender. Reaprender sobre organização, produtividade, moda,  comunicação, empreendedorismo, autoconhecimento.

E eu vou – e vocês vão comigo.
Vamos lá?
Bom estar com vocês. De novo.

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