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O sofrimento nosso de cada dia

    Uma vez um professor de atualidades comentou que nós não deveríamos diminuir ou ridicularizar nossos sofrimentos. Foi um comentário breve, uma observação feita enquanto falava de algum assunto muito importante para a humanidade. Não sei se as pessoas repararam no que ele disse, mas eu sim.
   É certo que existem pessoas passando fome na África e também na esquina daqui de casa; pessoas que não tem casa e passam frio à noite - mesmo no verão. Existem pessoas que perderam a mãe e/ou o pai, um filho, um amigo, um amor. Existem pessoas que tiveram o coração partido em pedacinhos e outras que sofreram ao partir o coração de alguém. Existem pessoas que choram antes de fazer uma prova, pessoas que choram porque não consegue entrar na faculdade ou porque não sabem o que querem e nem o que estão fazendo da vida. Mas também existem aquelas que quebram a unha e dizem "puta que pariu! Por que nada dá certo uma única vez?".
   A semelhança entre todas essas pessoas? Elas se sentem inconformadas e esperam uma mudança. Todas elas ficam à espera de algo novo. Esperam por um novo amor, pela nota da prova ou pela unha grande. Umas esperam o acaso, o destino agir enquanto outras se colocam como o "agente transformador" de sua realidade. O sofrimento cria, em nós, expectativas e são essas expectativas que nos alimentam do desejo de viver. Nós precisamos estar vivos para saber do que estar por vir. Parece óbvio, mas acho que esquecemos disso algumas vezes.

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