mini

L O $ T

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Há anos, eu me sinto extremamente perdida. Se eu buscar em textos antigos, vou encontrar que eu eu estava tão perdida quanto atualmente. Menos sábia, talvez, mas igualmente perdida. 

A sensação que eu tenho é como se, em algum momento, eu fosse começar minha vida de verdade. Como se tudo que eu vivi até agora fosse só um treino. Como se o hoje não fosse ainda "para valer", sabe? Vai ser para valer amanhã, quando eu encontrar um trabalho melhor, quando eu seguir o cardápio da nutricionista, quando voltar à academia, quando parar de gostar de quem não gosta de mim... Só que, na verdade, a minha vida já está acontecendo. A vida, aliás, só acontece no presente.

Eu não quero parecer mimada. Eu sou grata. Eu cresci grande parte da minha vida em um lar confortável, estudei em uma escola boa (e cara!), fiz a faculdade que eu queria (também cara!), consegui o estágio que eu queria, morei no exterior. Só que, de qualquer maneira, eu me via acordando às quatro horas da manhã com o coração apertado e uma sensação de infarto, passando por (mais) um ataque de pânico. Eu me via sem conseguir dormir. Eu me via com medo de sair de casa por medo de morrer.

Por que? Eu tenho tantos privilégios, como eu ouso não ser feliz? Como eu ouso não me sentir o bastante? 

Meus relacionamentos são cagados. Às vezes, eu não consigo suportar estar perto da minha família – ou mesmo de ninguém. Eu amo o cara errado e insisto em amar o cara errado. Ao mesmo tempo em que eu gosto do cara errado, eu me interesso por caras tão errados quanto. Eu não tenho um ciclo social ativo. Eu vejo amigos uma vez ou outra. 

Eu não consigo achar um trabalho; quando eu acho um trabalho, eu não me sinto capaz de fazê-lo. Quando eu fico mais confortável com o trabalho, eu preciso me preparar para uma nova mudança. Vou trabalhar em casa, sozinha, na madrugada. Vou precisar mudar minha rotina de novo.

Eu vou para a Califórnia. Eu amo Los Angeles. Lá, eu me sinto feliz até não me sentir mais. De repente, morar  em Los Angeles não era a resposta para a felicidade eterna. Bummer

A falta é constante.
Parece que eu fiz muitas escolhas erradas e, assim, eu suplico por socorro.
Até eu perceber que eu sou a única que pode fazer algo por mim.
Ninguém pode me ajudar como eu posso. Ninguém pode me transformar, só eu.
Assim começou minha jornada pelo mundo do bem-estar, da auto-ajuda, do empoderamento. 
Eu tenho muito para libertar; muito para curar; muito para perdoar; muito para conhecer.
Não é raro eu sentir que estou dando voltas e mais voltas.
Ao menos, eu estou me movimentando.
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