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Que tipo de conteúdo consumimos?

Eu quero ser jornalista desde que me conheço por gente. Na verdade, bem antes disso, já que ainda estou no processo de me tornar gente. E, bem, eu me formei em jornalismo. Só que por mais que eu seja muitíssimo agradecida de já ter saído da faculdade, a verdade é que eu me sentia mais jornalista quando estava por lá do que agora que sou diplomada.

Não só pela questão do trabalho, já que era um tanto mais fácil conseguir um job pelas inúmeras vagas de estágio disponíveis. Desde que me formei, vivo de freelas e bicos e a verdade é que passo mais tempo no ócio que trabalhando.

Mas, além disso, me sentia mais jornalista também pela questão de pensar sobre a produção de conteúdo que fazia (e faço); pelo estudos que realizava. Nós vivemos em um mundo no qual somos bombardeados por novos conteúdos o tempo inteiro: uma foto, uma música, um texto do Facebook, uma notícia, um vídeo, um Stories. E, bem, como eu trabalho diretamente com a produção de conteúdos como esses, faz sentindo que eu pense nisso. Porém, quase não penso. Olha só.

Que tipo de conteúdo eu consumo? É muito difícil chegar em uma resposta. Ao menos alguma que seja rápida. Eu digo que gostaria de trabalhar em sites inspiradores, como o Refinery29, ou em revistas famosas. Mas se eu for sincera, eu não consumo esses conteúdos. Sim, eu já li algumas coisas, uma ou outra matéria, só que não sempre.

Refletindo mais, poderia dizer sem dúvidas que a maior parte do conteúdo que consumo no dia a dia vem das redes sociais. Em primeiro lugar, do Instagram. Depois, talvez, do Youtube. Eu ouço podcasts sobre desenvolvimento pessoal (alô, autoajuda) e acompanho notícias no aplicativo do Jornal Nexo. Eu também sou inscrita em algumas newsletters. 

Então por que diabos eu gostaria de trabalhar em lugar no qual não consumo de forma prioritária o conteúdo? Ou por que eu não consumo os conteúdos se eles são algo que me inspira? Como seria uma forma de produzir conteúdo de qualidade que chegue ao público de forma fácil e orgânica? Como reinventar a produção do jornalismo em uma sociedade com interações múltiplas, maior capacidade de escolha e menor foco?
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