Por Júlia Braun
Olá, galera! A Chames me convidou para participar desse blog
super incrível dela, e sugeriu que eu falasse um pouco mais sobre a Frida
Kahlo, em homenagem aos 60 anos de sua morte. Aceitei a proposta, é claro, e
vou tentar trazer para vocês um pouco mais sobre essa mulher maravilhosa!
Para falar bem a verdade, não conhecia muito sobre ela. Só
sabia que era aquela pintora de monocelha e bigodinho, esposa de artista
famoso, que via em vários quadros por aí. Resolvi começar minha pesquisa, e
assim que dei o primeiro Google, descobri que ela era muito talentosa!
A Coluna Partida, 1944
Suas obras contam um pouco de sua história, de uma forma
muito íntima e às vezes bastante forte.
São extremamente coloridas e trazem muita influência da cultura popular
mexicana. Na verdade, não são só as pinturas que demonstram esse amor de Frida pelas
tradições de seu país, mas também sua forma de se vestir e de arrumar o cabelo.
Sua vida não foi lá
muito fácil. Logo cedo, aos 18 anos, sofreu um acidente de ônibus que a deixou
presa em uma cama por muito tempo. Mas foi durante esse período que Frida
começou a pintar. Aos 21 anos tomou coragem e resolveu mostrar ao mundo seu
trabalho. Apresentou-o primeiro a Diogo Rivera, famoso pintor mexicano, com
quem se casou dois anos depois.
Hospital Henry Ford, obra pintada após sofrer um aborto
Durante muitos anos Diogo foi o grande incentivador de sua
arte, porém logo ela começou a ser reconhecida pelo mundo. Foi a primeira
pintora mexicana a ter um quadro exposto no Museu do Louvre. Porém, seu grande
sonho era fazer uma exposição em seu país, de que tanto tinha orgulho. Só
conseguiu realizar seu desejo em 1953, um ano antes de sua morte.
As duas Fridas, 1939
Ao conhecer mais sobre Frida fiquei muito encantada com o
talento e com a intensidade de suas pinturas, mas uma coisa que realmente me
cativou e me fez vê-la como uma inspiração foi sua atitude como mulher. Defendia
seus direitos de igualdade e militava no partido comunista mexicano como
qualquer outro homem da época. Ela era forte, decidida e muito confiante.
Sustentou um relacionamento de 25 anos com Diogo Rivera, aguentando
sua infidelidade por puro amor e companheirismo. Também tinha suas relações
fora do casamento, pelo que se sabe todas com mulheres. Quer dizer, todas não:
teve um caso de amor com Trotsky quando ela e Diogo o receberam no México.
Esse desenho fofo quem fez foi a Mona Sung, uma
amiga minha também muito fofa e super talentosa!
Pois é, galera. Frida era feminista, militante comunista,
bissexual e defensora da cultura popular de seu país. Ah, e claro, uma pintora
fenomenal! Isso sim que é mulher pra se inspirar!
Para quem, assim como eu, não conhecia muito sobre ela e
ficou curioso ou maravilhado pela sua vida, tenho umas diquinhas de livros e
filmes!
- O Diário de Frida Kahlo: um autorretrato íntimo
O diário que ela manteve em seus últimos anos de vida,
traduzido por Mario Pontes. É inteiro ilustrado pela por Frida, com seus
pensamentos e confissões mais íntimas. Da editora José Olympio.
- Frida: suas fotos
Um livro que reúne mais de 400 fotos da pintora de
diferentes momentos de sua vida. Um verdadeiro sonho de consumo, da Cosac
Naify.
- Frida
Dirigido por Julie Taymor e com Salma Hayek no papel da
personagem principal, é um filme que segue bem a história real da pintora. Foca
bastante na relação amorosa de Frida com Diogo Rivera, e deixa um pouco de lado
sua militância política, mas é com certeza muito bom!